Sintricom e trabalhadores da AGS fazem ato de repúdio no TEBAR

Sintricom e trabalhadores da AGS fazem ato de repúdio no TEBAR

O presidente em exercício do Sintricom, Marcelo Rodolfo em assembleia com os trabalhadores da AGS, no TEBAR (Terminal Almirante Barroso), em São Sebastião aprovaram e realizaram hoje (30) um ato em repúdio a empresa que abandonou 50 mães e pais e também contra a postura da gerência do contrato e da unidade que bloqueou os crachás e ficaram impedidos de entrar no terminal, sem nenhum aviso prévio.

Além disso, temem que a “gata” que já sumiu com a chefia do local não honre com os pagamentos dos salários que deveriam ser quitados na próxima semana e das verbais rescisórias.  

“A Petrobras deveria comunicar, através de sua chefia, os trabalhadores e o Sindicato da categoria, quanto de dinheiro tem retido da AGS. Nós vamos exigir na Justiça que os valores que a Petrobras tem priorize o pagamento aos trabalhadores. Nós conversamos com a AGS, mas ela até agora não manifestou nenhum interesse em resolver essa situação. Não vamos deixar os trabalhadores arcarem com esse prejuízo”, disse o presidente Marcelo, que salientou que irá denunciar o caso ao Ministério Público e também as autoridades locais.

Segundo os trabalhadores, o sinal que a empresa estava roendo a corda foi dado no DDS (Dialógo Diário de Segurança) realizado na semana passada, onde foi informado que a empresa não tinha dinheiro para pagar ninguém, pois não havia recebido a última medição da Transpetro.

O calote da AGS, além de afetar os trabalhadores, atinge também fornecedores da região e comércio local, que atendiam a empresa. Não é de hoje que a empresa vem apresentando problemas. No ano passado, os trabalhadores e Sintricom aprovaram e deflagraram uma greve, que acabou após audiência de conciliação mediada pelo TRT da 15ª região em Campinas.

SINDIPETRO-LP APOIA LUTA E TAMBÉM COBRA PROVIDÊNCIAS DA TRANSPETRO

Em solidariedade ao movimento, os dirigentes do Sindipetro-LP se colocaram à disposição para enviar ofício para agendar reunião com o RH da Transpetro. A iniciativa visa tentar mediar uma solução para o pagamento dos salários e a rescisão dos trabalhadores, que é o mais importante nesse momento.

Em reportagem em seu site e nas redes sociais, o SindiPetro-LP denuncia e repudia “a terceirização irrestrita no Sistema Petrobrás vem rendendo um rol de denúncias que vão desde calote nos trabalhadores até quebra de contrato sem a finalização do serviço”, descreve em um trechos do texto, que também relata a precarização. 

Ainda segundo relata o Sindipetro-LP, “Os trabalhadores acreditam que ele (chefe) foi embora para o Rio de Janeiro, local onde fica a sede da empresa, deixando essa “caixa de Pandora” sob a responsabilidade da sua preposta, que é da região e ficou no meio desse “fogo cruzado” tentando encontrar saída para todos esses impasses. Isso tudo é um tratamento desumano com a força de trabalho!”

ENTENDA O CASO –  A terceirizada foi contratada para fazer uma adequação no OSBAT – oleoduto que transfere petróleo de São Sebastião para a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão.

Mas, não conseguiu entregar o serviço, pois abandonou os trabalhadores, que sem ferramentas e peças adequadas foram humilhados e substituídos pela Transpetro, que para garantir a volta do bombeio, que estava suspenso desde o dia 19 de abril, contratou no sufoco vários outras gatas

“Essa confusão causou atraso no retorno do bombeio, que quase fez a RPBC parar totalmente, colocando em risco a produção de derivados na refinaria, que estava na iminência de desligar a planta”, relata o Sindipetro-LP.

Sob esse risco, a Transpetro apenas focou suas ações no retorno de operação do OSBAT, os petroleiros terceirizados da AGS ficaram em uma situação totalmente constrangedora na frente de serviço, afastados, apenas olhando os funcionários das outras contratadas que ocupavam seus postos de trabalho. 

Fonte: Imprensa Sintricom com informações SindiPetro-LP


Heitor N. Morais